Espaços geográficos que se cruzam (Portugal, Angola, Brasil do século XIX) e territórios textuais que se sobrepõem - o Fradique Mendes de Eça de Queirós (1900) e de José Eduardo Agualusa (1997) - definem a cartografia crítica em que se inscreve a nossa análise do Atlântico Sul - um espaço social e económico bipolar que engloba uma zona de produção escravocrata situada no litoral da América do Sul e uma zona de reprodução dos escravos situada em África. O romance 'Nação Crioula. A Correspondência Secreta de Fradique Mendes' pode ser considerado uma das mais paradigmáticas tentativas de restituir a construção (também retórica), a crise e o final desse espaço que é o Atlântico Sul.
Narrar o Atlântico Sul: um espaço para a Nação Crioula / V. Russo. - In: COLOQUIO. - ISSN 0010-1451. - 204:(2020 May 15), pp. 147-159.
Narrar o Atlântico Sul: um espaço para a Nação Crioula
V. Russo
2020
Abstract
Espaços geográficos que se cruzam (Portugal, Angola, Brasil do século XIX) e territórios textuais que se sobrepõem - o Fradique Mendes de Eça de Queirós (1900) e de José Eduardo Agualusa (1997) - definem a cartografia crítica em que se inscreve a nossa análise do Atlântico Sul - um espaço social e económico bipolar que engloba uma zona de produção escravocrata situada no litoral da América do Sul e uma zona de reprodução dos escravos situada em África. O romance 'Nação Crioula. A Correspondência Secreta de Fradique Mendes' pode ser considerado uma das mais paradigmáticas tentativas de restituir a construção (também retórica), a crise e o final desse espaço que é o Atlântico Sul.
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